Adam dá entrevista para a Vanity Fair

Adam Levine é um dos destaques da nova edição da revista Vanity Fair, e conversou com a reporter Lisa Robinson sobre o The Voice, fama, música e sobre suas tatuagens:

“Eu sempre quis ouvir minhas músicas na rádio,” diz o vocalista do Maroon 5, Adam Levine. “Eu queria que elas viajassem o mundo.” Pelos últimos 10 anos, o Maroon 5 ouviu seus hits contagiantes (“Sunday Morning,” “One More Night,””Moves Like Jagger”) na rádio. Mas os vídeos sexy da banda e a cobertura dos romances de Levine nos tablóides ameaçaram transformá-lo num rockstar cliché. Agora, com um emprego secundário de jurado na competição de talentos The Voice, Levine pode mostrar tanto sua personalidade e seu conhecimento passional de música. O currículo do nativo de Los Angeles também inclui atuar: ele esteve em American Horror Story e também protagoniza com Keira Knightley no filme Can A Song Save Your Life? Enquanto o Maroon 5 começa uma turnê pelos Estados Unidos esse mês, Levine conversa com Lisa Robinson sobre música e fama.

Lisa Robinson: Você concorda que o The Voice mudou a percepção das pessoas sobre você?

Adam Levine: Eu pensei que o The Voice era uma grande oportunidade pra mim para reparar qualquer tipo de dano que fiz no passado para a minha imagem. Lá eu posso realmente falar ao invés de ser julgado por uma fofoca idiota, ou alguém não gostar de uma das nossas músicas – Eu acho que é um barômetro justo para julgar o caráter de alguém.

L.R.: Você foi considerado por algumas pessoas como uma espécia de “modelete” cafona.
A.L: Há coisas piores no mundo do que ser considerado pelo que fui considerado. Acho que as pessoas que estão nos holofotes – por falta de uma palavra melhor – têm medo de suas próprias sombras. Especialmente com todas as mídias sociais e coisas que trazem muita atenção à vida pessoal de alguém. As pessoas se preocupam mais com o que elas devem ou não fazer, e menos com o que são e acabam se enrolando nisso.

L.R.: Você sempre quis estar em uma banda?
A.L.: Era apenas algo que eu amava tanto que quis fazer. Eu penso nisso desde os meus 12 anos, e essa paixão continua aqui, não foi embora.

L.R.: Quais foram suas inspirações musicais?
A.L.: Eu cresci com a música dos meus pais – Beatles, Fleetwood Mac, e The Who. Eu era tipo um adolescente angustiado e tive atitudes muito rebeldes. Eu amava os princípios de ‘dane-se’ de bandas como Pearl Jam, Soundgarden, Alice in Chains e Nirvana. Quando fiquei um pouco mais velho, comecei a ouvir Bob Marley, Bill Withers, Al Green, Stevie Wonder e Marvin Gaye. Tudo isso foi muito bom, porque me ensinou, como vocalista, até onde eu poderia ir.

L.R.: Quantos de seus fãs mais jovens nem sabiam que era você que cantava ‘Moves Like Jagger’?
A.L.: Uma porcentagem alarmantemente pequena. Mas de uma maneira estranha, parecia que estávamos trazendo notícias a uma geração que não sabe.

L.R.: Você trabalhou com uma vasta gama de outros músicos, de Kanye West até Lady Antebellum.
A.L.: Esse é um espaço com pouco ar para se estar dentro. A diversidade de gosto das pessoas agora é muito mais legal. Todo mundo está falando que MP3 e a internet arruinaram o mundo da música – o que é triste, pois não existem mais lojas de discos – mas a música está tão presente agora na cultura. Mais do que nunca. É o resultado dos avanços tecnológicos que fizemos. Eu sou muito fã do lugar onde a música se encontra agora.

L.R.:Você alguma vez quis sossegar, ter uma família?
A.L.: Absolutamente. Não agora, mas sim.

L.R.: Você já teve uma desilusão amorosa?
A.L.: Sim, ter meu coração destroçado é uma coisa que eu temo mais do que qualquer outra. Mas isso faz parte em ser humano.

L.R.: Você acha que vai se arrepender por ter feito todas essas tatuagens? Supostamente, você não pode ser enterrado em um cemitério Judeu…
A.L.: É engraçado, as pessoas sempre dizem duas coisas: dizem que não posso ser enterrado em um cemitério Judeu, então eu penso ‘me cremem’. Não vai ser problema pra mim, vou estar morto. A outra coisa que falam é que não vou querer ser um homem velho com tatuagens. E eu fico tipo “sim, eu quero”. Eu acho que é muito fodão.

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