Adam Levine comenta sobre possível pausa do Maroon 5

Adam nos deixou preocupados com uma recente entrevista ao site britânico Official Charts Company. Na entrevista, ele e James comentam sobre uma possível pausa do Maroon 5, além de falarem sobre o sucesso do V, processo de colaboração com outros artistas, cds antigos, entre outros assuntos.

Rob Copsey: V! Como a banda comemora suas grandes realizações nos dias de hoje?
Adam: Eu comemorei assistindo “Sons Of Anarchy”. Foi bom – Eu terminei a sexta temporada e comecei a sétima. Eu gosto de manter as coisas um pouco mais discretas agora – durante nosso show no iTunes eu estava bebendo chá de ervas em uma verdadeira xícara de chá. Mas James gosta de festa.
James: Tenho muitas boas lembranças de festejar nos meus 20 anos, especialmente em Londres. Mas agora, as ressacas são um verdadeiro pontapé na bunda.

R: É seu quinto álbum que chega no Top 10 no Reino Unido e segundo álbum que alcança número 1 na América. Isso é muito bom, não é?
Adam: Mesmo que a indústria fonográfica tenha “mergulhado”, nós atualmente estamos no caminho certo apesar do declínio da indústria. Mas nós já estivemos nos primeiros lugares das paradas! Eu sinto que cada CD que lançamos vende menos cópias, mas isso está acontecendo com todos, eu acho. As pessoas não compram mais CDs. Dito isso, a música não está sofrendo em tudo. Eu sinto que não há fronteiras atualmente, enquanto antigamente a música era muito mais baseada no gênero. Hoje em dia, a música está mais predominante do que nunca; em nossos carros, TVs – está em todo lugar, e isso é uma coisa muito boa.

R: Você já disse que não queria que esse CD fosse cheio de hits como o Overexposed, de 2012. Isso é um pouco arriscado, não é?
Adam: Nunca existe um plano, nunca. Nós não assumimos riscos, nós apenas fazemos o que achamos certo. Nós realmente não sabemos o que estamos fazendo. Meu mantra é não pensar demais nas coisas.

R: Atualmente muitos artistas de fora do Reino Unido são influenciados para gravar suas músicas aqui. Vocês considerariam a gravação de um álbum mais experimental em Londres?
James: Nós sempre pensamos em Londres, mas eu acho que não poderíamos gravar um álbum aqui. Uma vez gravamos um álbum no exterior e…
Adam: Foi um completo desastre. Estamos na estrada há muito e Los Angeles é a nossa casa, então faz sentido para nós gravar lá.

R: A lista de produtores e compositores do V conta com estrelas – Sia, Ryan Tedder, Nate Ruess da banda FUN. Como foi o processo para esse álbum?
James: Sia é simplesmente incrível. Você senta para conversar com ela e é como terapia instantânea. Você pode ouvir em suas canções que ela tem um instinto para a natureza humana. Suas melodias são insanamente fodas e tudo isso sai dela. Ela funciona muito rápido.
Adam: Eu conheço a Sia desde que ela entrou como mentora convidada no The Voice, embora eu tenho sido um fã da música dela por um longo tempo. Benny Blanco é como uma bela aberração da natureza, que é bom em unir todo mundo em uma sala e daí surgirem várias ideias, eu e Ryan Tedder somos como dois ratos de laboratório no estúdio. O que é bom atualmente é que você não precisa ter no mesmo estúdio os mesmos produtores e compositores. Fizemos essa música (‘Leaving California’) com Benny e Nate Ruess, em que Nate já tinha inicialmente a melodia gravada em seu telefone. Estávamos sentados em um carro ouvindo essa grosseira gravação de celular e nós escrevemos a música baseada nessa gravação. Só meses depois eu o conheci pela primeira vez. Há um milhão de maneiras diferentes de compor músicas e também mudá-las como fizemos, esperamos que isso torne o álbum mais interessante.

R: Vocês se uniram a Gwen Stefani para uma faixa do CD, que é uma das poucas colaborações que fizeram. Vocês são exigentes com isso?
Adam: Nós não gostamos de exagerar. Nós trabalhamos com Wiz Khalifa em Payphone, que foi a primeira aventura pop dele e tivemos sorte em tê-lo nisso. Sentimos a mesma coisa com Rihanna e Gwen. Nós não gostamos de colaborações com artistas óbvios, preferimos alguém um pouco diferente. Hoje muito se fala sobre “se vender” na indústria. Para mim, isso está relacionado a fazer ou dizer algo que não se aprova. Tendo toda música gravada com colaboração é muito mais para vender do que qualquer outra coisa, para mim. Isso mostra um estranho desespero para ter sucesso. Queremos ter hits, mas você tem que combinar essa decisão com opções de bom gosto.

R: Muitas pessoas não achavam que Gwen Stefani lançaria outro álbum solo. Você já ouviu alguma coisa?
Adam: Talvez. E se eu tivesse ouvido, talvez achasse incrível. Se eu tivesse ouvido alguma demo do Pharrell, talvez estaria brilhante também. Eu amo que conseguimos essa colaboração com ela em nosso CD e mais ninguém consegue fazer isso!

R: A estreia da banda com Songs About Jane, tem agora 12 anos de idade. Vocês ainda têm boas lembranças desse CD e daquela época?
Adam: Com toda certeza. Esse é o álbum que fez tudo por nós. Eu vou sempre olhar pra trás com muito carinho.
James: Ele nos abriu a tantas novas experiências. Lembro-me de acordar todos os dias sentindo-me completamente animado! Eu acho que o CD tocou as pessoas, pois refletia a época. Ele combinou coisas que ninguém juntava na época.
Adam: Eu lembro quando o álbum foi profundamente impopular. Nem mesmo impopular, apenas as pessoas não entendiam que um bando de caras brancos tentando fazer R&B. Naquele tempo existia Timberlake e só. Isso não ocorre hoje. Agora quando você assiste The Voice não se têm ideia de como eles serão quando se vira a cadeira. No passado as coisas tinham de se encaixar em formatos. Olhando para trás agora, eu acho que estávamos sendo bem corajosos pois nossas músicas eram feitas não conforme as regras da época.
James: Parece louco agora mas naquele tempo as pessoas estavam tentando nos orientar e influenciar a sermos mais uma banda de rock. Todos nós tínhamos que segurar guitarras. Isso soa como invenção, mas foi uma conversa real – a gravadora tinha uma forma definida de nos comercializar.

R: Quantos álbuns o Maroon 5 já lançou?
Adam: Cinco álbuns, eu acho que é importante fazer um balanço por um tempo. Ter o sucesso que tivemos, nós somos os filhos da puta mais sortudos do planeta! Estamos flertando com a ideia de ter um pequeno período de tempo livre. Sempre estivemos pensando no próximo CD e na próxima turnê por 10 anos. Nós não vamos a lugar nenhum e não vamos nos separar como banda, mas depois desse CD vamos ter uma conversa e pensar sobre qual será o próximo passo.

R: Talvez seja a hora de um CD com os grandes sucessos?
Adam: Na verdade isso já está sendo trabalhado. Fiquem de olho!

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