Dois Adams pelo preço de um
Falando em uma coletiva de imprensa em Los Angeles, os líderes carismáticos (e amigos) Adam Duritz e Adam Levine discutiram os planos da turnê e criticaram o estado de indústria musical e a possibilidade de algumas participações surpresas.
Sr. Duritz, você tem algum conselho para o Sr. Levine sobre dois assuntos importantes: longevidade de carreira e namoradas celebridades?
Adam Duritz: As minhas foram quase todas inteiramente fictícias.
Eu o aconselharia a rir quando ler sobre alguma pessoa que você nunca conheceu que devia ser a sua namorada, porque isso vai acontecer milhões de vezes. Quanto à longevidade da carreira, eu acho que tem dois lados. Um lado é como você se sente sobre si mesmo… Fazer os discos que você quiser fazer, e isso vai permitir que você permaneça em uma carreira que pode ser tentadora às vezes. E a outra metade é que eles já sabem, que é turnê. Eu realmente acredito que a impressão que você faz de alguém no rádio é fulgás. Mas entrar em turnê vai lhe dar a longevidade da carreira. A impressão que você dá numa determinada noite, quando é você e eles e você faz uma verdadeira conexão com a audiência – isso pode durar para sempre.
É por isso que vocês acham que continuam vendendo discos em uma época onde várias bandas estão tendo problemas e a industria musical está em um tipo de tormento? Qual o segredo?
Adam Levine: Eu acho que nossa banda estava quase no fim do rabo de uma cultura onde as pessoas compram discos. Eu não consigo pensar em outra banda atual que tenha conseguido colocar um disco depois de nós que conseguiu vender álbuns. Eu acho que isso tem pouco a ver com a longevidade e nossa banda e nossa música e a cultura tendendo à moda dos downloads. Adam, você consegue pensar em uma banda que veio depois da nossa que conseguiu vender discos?
Duritz: Eu não leio a Billboard, então não tenho idéia do que está vendendo.
Levine: Toda semana que nós vendemos álbum eu fico tipo, nem consigo acreditar que vendemos discos. As pessoas não compram mais eles. Eu não consigo acreditar que as pessoas vão numa loja hoje em dia para comprar álbuns.
Quais são suas bandas favoritas que vocês fizeram turnê além de si proprios?
Levine: Nós fizemos um show com o Police.Isso não conta como tour, mas foi provavelmente a minha banda preferida do mundo, Foi maravilhoso, e o Sting foi muito bacana.
Duritz: Para mim, foram muitas. Nós realmente fizemos muito esforço durante nossa carreira para ir em turnê com várias bandas novas. Nós unimos na estrada as bandas que gostávamos e víamos muita música boa. Mas nós não teríamos carreira sem o Cracker – eles nos levaram [em turnê] três ou quatro vezes em épocas diferentes. Eu não sei minha preferida, mas o Cracker é talvez a banda mais importante para nós.
Levine: Quanto a isso, uma banda que viu primeiro nosso potencial – ele não é uma banda, é um artista solo – o John Mayer. Eu tenho que dar os créditos que ele merece, porque ele nos levou antes [de ficarmos famosos].
Se vocês pudessem fazer um cover de uma musica de vocês mesmos, qual seria?
Duritz:
Eu gosto da primeira do álbum deles, “If I Never See Your Face
Again.” eu gosto do gingado. Estou ansioso para ve-la no verão.
Levine: Estou tentando pensar em uma música que eu queira fazer cover —“A Long December,” talvez. Cara, eu amo tanto essa música que é loucura. Talvez, será que eu posso cantar essa com você?
Duritz: Sim, você pode cantar.
Levine: Massa! Eu adoraria!
Vocês acham que isso pode levar a uma parceria oficial?
Levine:
Sim, e eu digo mais, estou realmente animado com essa turnê porque são tantos cantores bons e tantos músicos bons. Eu posso carantir que terá algum tipo de colaboração. Vai ser divertido.
Duritz: Nós estamos fazendo uma versão de “Borderline” da Madonna que não tocávamos há algum tempo. É esse tipo de versão Crazy Horse/ Neil Young da Madonna. Eu estava com a Sara [Bareilles] e nós pensamos em nos juntar para cantar essa. Eu sei que algumas pessoas já tentaram, mas eu ainda não acho que a perfeita “Hit Me Baby One More Time” foi feita e eu adoraria unir os três para fazer essa no verão.
Levine: Travis fez uma boa versão dessa, não?
Duritz: Gosto da versão do Travis, sim, eu realmente acho que é ótima. Ouvi um dia desses e ainda acho que tem espaço [para mais uma]. Eu acho que seria divertido fazer um ‘encore’ de uma música ridiculamente pop. Não que sejam músicas ridículas, mas músicas ridicularmente boas e ter todos nós cantando e procurando novos caminhos para fazê-las. Acho que seria um bom encore.
Só isso já valeria o preço do ingresso.
Levine: Totalmente, seria divertido.
Fonte: Metromix.com