Entrevista com Adam
Grande Lance: Como uma sortuda cesta e Ave Maria me ajudaram a salvar meu pai e me fizeram um otimista pela vida
por Adam Levine
Quando eu tinha 7 anos, eu vivia e respirava basquete. Originalmente, meu pai me arrastou, chutando e gritando como um bebezinho, para os auditores. E graças a Deus, porque eu cresci para amar o esporte, e porque um jogo terminou modelando minha vida inteira.
Meu pai era o treinador do meu time da YMCA, e nós tivemos que fazer isso pelo jogo do campeonato. Estávamos em 34 a 23, com mais ou menos 10 segundos restando, quando meu pai fez uma falta técnica por ficar gritando para o juiz ou algo assim. O outro time tinha dois lances, e eles fizeram ambos. Foi oficialmente a falta do meu pai que fez com que perdêssemos o jogo. Nós éramos pequenas crianças jogando em uma m—a de YMCA, então obviamente isto fez ele parecer muito horrível. Todos os pais estavam dando a ele olhares malignos.
Isto foi mim salvar o dia. Na próxima jogada, eu recebi um passe esperado, e, como muitos jogadores canhotos fazem quando eles estão em 6 ou 7, eu driblei a mim mesmo em um canto. Com mais ou menos um segundo restando, eu arremessei um lance. Foi horrível ficar olhando. Eu estava caindo do salto… foi realmente dramático. Até este dia, eu não sei como entrou, mas entrou. A buzina soou.
A primeira pessoa que olhei foi meu pai. Ele não é um homem religioso, mas ele se ajoelhou e agradeceu a Deus. Se tivesse sido algum treinador ao acaso, isto não teria significado muito, mas era meu pai, e ele ainda conta esta história com a mesma significância. Eu tive que carrega-lo, como uma criança.
Depois que olhei pra ele, eu me virei. Havia mais ou menos 100 pessoas lá. Quando eu vi a multidão pulando de seus assentos e começando a gritar, alguma coisa deve ter acendido em mim. Há similaridades definidas entre este sentimento e aquele que você obtém tocando para um estádio. Eu lembro disto como se fosse ontem: sendo levantado sobre os ombros dos meus colegas de time, os hambúrgueres mais tarde no Hamburger Hamlet, tudo. Sentindo um pouco como um herói por uma noite foi algo que eu levarei comigo. Eu tive meu primeiro gosto do que é ser legal, o que foi tentador. O segundo foi quando eu entrei para uma banda (bem, não há relativamente muitos judeus baixos na NBA). Talvez este lance seja o motivo pelo qual eu me virei otimista… e um pouco f.d.p arrogante.
Uma década depois, minha primeira banda, Kara’s Flowers, assinou com uma grande gravadora, e eles encheram nossas cabeças de esperanças e sonhos. Eu tinha certeza que iríamos nos tornar a maior bando do mundo. Eu tinha 18 anos e completamente desiludido, e sem certeza suficiente, nosso álbum fracassou. Mas eu acho que eu estava de alguma forma equipado para lidar com isso. Eu pensei comigo mesmo. Bem, isto não funcionou desta vez. Eu gastei tempo olhando a bola cair devagar, mas eu tive um sabor muito cedo do que sentir como quando cai através da rede. E mesmo se a bola não tivesse ido aquele dia, eventualmente eu teria. Isto é como eu via aos 7 até os 18, e como eu ainda vejo aos 30.
E se aquele lance tivesse pulado fora do aro todos estes anos atrás? Quem sabe. Talvez hoje eu fosse um serial killer ou algo do tipo.
Fonte: MSN Lifestyle