Nova entrevista com James para o NJ

Maroon 5 se especializa em canções polidas, bem feitas
Poucos grupos atingem um som contemporâneo tão facilmente como Maroon 5. As produções da banda são polidas, brilhosas e obras de arte – faixas de pop dançantes que sutilmente incorporam elementos do funk-eletrônico, new wave e hip-hop. Kanye West pegou empresado um refrão do último álbom do Maroon 5, “It Won’t Be Soon Before Long,” para um hit próprio, e Rihanna apareceu numa versão remixada da primeira faixa. O magro, tatuado frontman Adam Levine se tornou um pinup da era da internet.
Visto de outra perspectiva, no entanto, o quinteto de Los Angeles, que tem dois shows em Jersey inclusos em sua programação nessa semana, parace mais um retrocesso. Não há nada pre-fabricado sobre essa banda de velhos amigos. Apesar de seu comprometimento ao pop tradicional, o grupo se mantém nas tabelas de vendas. O falsetto cheio de alma de Levine consegue mais atenção, mas seus companheiros de banda desenvolveram estilos instrumentais distintos. E não importa o quão forte eles tocam, eles sempre lembram de escrever uma ponte.
“Aquela foi uma das melhores contribuições que nosso produtor original, Matt Wallace, fez,” diz o guitarrista James Valentine. “Quando entramos em estúdio para fazer o ‘Songs About Jane,’ nosso primeiro, tinhamos um monte de versos e corus. Ele dizia pra gente ‘Hey, crie uma ponte pra isso.’”
Valentine, que já co-escreveu algumas das canções mais famosas da banda, incluindo a balada TOP “She Will Be Loved” e o mate-os-funk-rock “Wake Up Call,” não resistiu ao conselho.
“Crescemos ouvindo Beatles e Stevie Wonder. Nossos impulsos já iam naquela direção. Agora quando ouço nossas músicas de novo, aquelas pontes são algumas das melhores partes delas.”
A grande sombra de Stevie Wonder caiu sobre “It Won’t Be Soon Before Long,” o segundo álbum da banda, de alta voltagem de 2007. Algumas músicas do álbum ecoaram o Police, o “Sign o’ the Times” de Prince e Duran Duran dos anos 80 em seu máximo urbano. Você pode até cortar um tapete ouvindo o álbum – ou você poderia desmontar as músicas e estudar sua perfeição.
Enquanto o Maroon 5 raramente gosta de parar uma música para criar espaço para um holofote instrumental, cada membro do quinteto fez sua presença sentir. “Não pode ser uma dificuldade o balanceamento de ato para mim,” diz Valentine, dos quais os usos de acordes imaginativos de funk dão á música do Maroon 5 seu caráter propulsivo. “Queremos que nossas músicas sejam tocadas nas rádios, mas guitarristas não são mais hits de rádio.”
Para manter circulante, os membros da banda encontram inspiração na rádio. Ninguém faz rap, mas nenhum rapper-pop poderia deixar de perceber confortavelmente as batidas do grupo.
“Nosso som sai naturalmente,” diz Valentine. “Quando começamos a banda, nós estávamos entediados com o que estava roalndo com o rock. Honestamente, no começo do ano 2000, era bem sem vida. Mesmos quando éramos, e somos, uma banda de rock, o que era excitante para nós estava vindo do hip-hop e R&B. Então nossos arranjos refletem nossos gostos.
Em ‘Give a Little More,’ por exemplo, tem uma linha de guitarra que é meio que com efeitos e tocada de um jeito que podería ser de um sintetizador estranho. Espero que seja o tipo de coisa que soa estimulante.”
Não procure por “Give a Little More,” uma feroz e quente pós-disco, na atual discografia da banda. Não estará disponível até dia 21 de Setembro – o dia que “Hands All Over,” o terceiro álbum da banda chega ás lojas. (“Misery,” o primeiro songle de “Hands All Over,” já penetrou o Top 40.)
Para fazer o “Hands” a banda podería ter reconvocado o time que produziu “It Won’t Be Soon Before Long.” Mas receberam uma oferta que não poderíam rejeitar do peso-pesado dos estúdios Robert “Mutt” Lange, que já criou albuns que viraram discos de platina com AC/DC, Def Leppard e Foreigner, e da qual o famoso perfeccionismo casa bem com a prórpria tendência do Maroon 5. Lange trouxe a banda pra Suíça e colocou direto pra trabalhar.
“Numa certa extensão, as lendas são verdades,” diz Valentine. “Ele é bem meticuloso. Ele leva um tempão – bem mais do que qualquer um com quem trabalhamos antes.”
Valentine adimite que confundiu o espalhafato de Lange com uma patologia neurótica no começo. Mas logo ele percebeu que o produtor simplesmente possuía extraordinária paciência, e estava disposto a esperar por inspiração.
“Normalmente há um senso de urgência no estúdio que pode ir contra o processo de criação. Ajuda ir no seu próprio tempo. As vezes fazíamos 100 takes, e no 99º, descobríamos algo que era essencial para a música. Sou toalmente a favor desse tipo de trabalho. Acho que trouxe o melhor de nós à tona.”
Fonte: NJ.com