Entrevista para o USA Today

Adam Levine e James Valentine deram uma nova entrevista para o jornal americano USA Today de ontem, e conversaram sobre fama, dinheiro, The Voice, Moves Like Jagger e, é claro, Overexposed:

Humildade, clareza e timidez fofa são pilares de uma calibrada entrevista com celebridade.

Mas nem tanto com Adam Levine. “Eu tenho uma personalidade forte – Eu não preciso esconder isso. Eu não preciso me auto-depreciar,” ele diz. “Eu acredito que eu mereço o que eu tenho. Eu não acho que eu ganhei isso. Essa é a grande diferença.”

Levine, 33, não finge que está solteiro ou se recuperando de uma adolescência difícil. E você nem irá encontrá-lo fazendo piadas domésticas sobre limpar a cozinha em uma tentativa de se conectar com seu público.

“Isso é ridículo. É demais. Você não pode apenas ser um milionário?” Levine questiona. “Minha mãe me disse, há muito tempo atrás – ela não sabia que estava me dando esse conselho – mas ela disse, ‘Tudo o que sei é que você nunca irá mudar, então é melhor que você consiga alguém para tomar conta do seu quarto e contrate uma faxineira.’ Isso ficou encravado no meu crânio. ‘Eu preciso conseguir dinheiro para não precisar fazer os meus deveres, por que eu não os faria de qualquer forma.’ É ótimo que eu não precise lavar a roupa.”

Se esse charme sem-vergonha é apenas parte da parcela de quem ele é, ou se é um aspecto diferente, mas igualmente calculado de uma imagem construída, depende de como você é fã de sua personalidade alegremente arrogante. Provavelmente você não conseguirá escapar dela.

Ele canta com sua banda Maroon 5, que tem um novo álbum, Overexposed, lançado hoje. Ele é um dos mentores na competição de talentos The Voice, que se tornou um hit da NBC; a terceira teporada estréia no dia 10 de Setembro. Ele atua na segunda temporada do American Horror Story de Ryan Murphy neste outono, e ele fará o papel de namorado de Keira Knightley em Can a Song Save Your Life? E o hater de perfumes de famosos está criando uma fragrância chamada 222.

Embora pareça ser o contrário, Levine diz que não está criando uma marca.

“Não sou eu pensando como vou construir meu império. Eu estou tentando coisas novas,” Levine conta durante um almoço com o amigo de banda James Valentine no Mercer Hotel no Soho, “Eu não quero ser ator, mas por que não aceitar essas oportunidades quando elas aparecem para você? Eu não estou me matando com testes, correndo atrás desse sonho. Eles lembraram de mim. Isso é legal. Existe uma fluência na vida, e eu estou tentando seguí-la. Até agora funcionou.”

Não existiu nenhum “plano”

Até aqui, onde celebridades são mais comuns do que carrinhos de comida, Levine puxa um boné de baseball para a frente do seu rosto. Ele foi de famoso-na-música para famoso-famoso, com legiões de fãs femininas que o perseguem. Como vários entertainers, Levine não tinha noção de como esse nível de fama seria intenso até quando ele estava afundado até os joelhos nisso.

“O nível de sucesso que a banda tinha antes do programa estava ótimo. Eu não fiz isso com a idéia ou planos de ser mais famoso. Isso nunca foi parte do plano. Eu achei que seria diferente e dei uma chance.”

“Eu não tinha idéia de como seria estar na televisão. Eu não tinha idéia do que estava me metendo. Agora que estou aqui, não me arrependo de nada disso. Entretanto, precisa de muita adaptação. Você precisa ficar atento.”

E isso marcou a sua habilidade em se distrair com Valentine e os outros colegas de banda: o baixista Mickey Madden, baterista Matt Flynn e tecladista PJ Morton.

“Não podemos mais sair para beber. Isso é péssimo. Não é legal. Mas não é um problema grande. Não é câncer. É uma irritação. Não é nada que vá me deixar acordado à noite.”

O que isso pode fazer é vender mais a música do Maroon 5. Overexoised, o quarto álbum da banda, tem os músicos até então autônomos trabalhando com os hitmakers Max Martin, Ryan Tedder, Shellback e Benny Blanco. O primeiro single, Payphone (parceria com Wiz Khalifa), é número 3 no Hot 100 da Billboard.

O momento não é acidental.

“O que estava acontecendo com o TheVoice, pareceu como um momento em que nós deveríamos tirar proveito. Não não queríamos descansar. Nós fizemos três álbuns em 10 anos. Nos conhecendo e sabendo que nos envolvemos demais, trabalhar com compositores e produtores de fora iria fazer isso funcionar no tempo em que nós quiséssemos que funcionasse.”

“Eu não poderia estar mais animado. Nós nos vemos em algo muito especial. Nós estávamos muito envolvidos em cada decisão que era tomara. Nós não iríamos deixar algo que não acreditávamos escapasse.”

Levine se refere à primeira colaboração completa com produtores e compositores externos. A primeira vez que o Maroon 5 dividiu créditos autorais foi no hit onipresente do ano passado Moves Like Jagger. A experiência foi frutífera.

“Isso atualizou o que nós estávamos fazendo. Nós decidimos continuar nesse caminho. Foi realmente criativo. Esse é o disco mais contemporâneo que já fizemos. Mas ao mesmo tempo, é o álbum mais fluido, o álbum mais preciso, o som mais unificado.”

O título do lançamento também é preciso. “Para evitar sermos acusados de estamos super expostos ou de estamos nos expondo demais, nós precisamos jogar no ventilador,” diz Levine. “Diga antes que todos o façam. Nós tivemos um momento. E isso não parece diminuir no futuro. Pelo menos nós esperamos que não.”

Valentine relembra de dirigir em Los Angeles, de onde a banda é, e ver cartazes do The Voice por toda a cidade, com Levine, Christina, Blake Shelton e Cee-Lo Green. “Nós achamos que seria engraçado. Jagger foi grandiosa. Você não poderia fugir disso. E depois com o The Voice também – em L.A., você dirige na rua e vê Adam. Ele estava em todo lugar.”

Mas a dinâmica da banda mudou quando a estrela de Levine ascenceu?

Ele e Valentine, 33, dizem não simultâneamente.

“Nós conversamos sobre isso há muito tempo atrás e decidimos que eu faria isso, por nós,” Levine explica. “Não por mim e meu próprio ego. Foi um consenso. Queríamos que tivesse um líder. … A única razão de eu ter me tornado o vocalista da banda é por que eu cantava melhor. Não foi por desejo de virar uma estrela ou cantor famoso. Não é que eu ame fazer entrevistas.”

Além disso, Valentine diz, “Eu não queria fazer essas coisas. Tem um certo fator, carisma, que você precisa ter. Eu não estaria na TV. Eu gosto de me esconder atrás da minha guitarra. É muito confortável. Além disso, Adam sempre teve a doença do vocalista. Não funcionaria se houvessem cinco de nós tentando se segurar em uma cadeira. Apesar de realmente termos uma regra de sem contato visual. E eu chamo ele de senhor.”

Levine: “E eu digo, ‘Isso aí toca a guitarra. Isso aí errou hoje a noite.'”

Sim, Levine tem uma abundância de auto-confiança, mas isso não se traduz no desejo de sair sozinho. “Nunca haverá um álbum solo. Eu teria que ter outra banda antes.”

Em entrevistas, Valentine diz, Levine sempre se refere como “Adam do Maroon 5. Isso me deixa feliz.”

Levine conta que usa sua plataforma no horário nobre para conectar com os fãs. E ele desenvolveu uma estratégia mais amigável e gentil para este programa.

“Eu não acho importante vencer o The Voice. É importante escolher um time com os melhores cantores, não competir com ninguém e fazer que cara pessoa do seu time seja a melhor que puderem. Eu não vou mais jogar o jogo. Eu só vou fazer o correto com meu time.”

“Todos os momentos do programa, da minha parte, serão criativos, divertidos e fáceis. É a atitude mais saudável a se ter. A melhor forma de ganhar é ignorar a competição.”

Dinheiro não é o problema

Para se manter são, Levine diz que faz yoga. Ele é próximo da sua família. E ele conta que tudo que faz na indústria é movido a paixão, e não dinheiro.

“Eu simplesmente não consigo fazer qualquer coisa. É por isso que a vida está um pouco maluca neste ponto. Eu não fui criado dessa forma,” ele explica. “Eu desprezo totalmente a idéia de fazer um perfume apenas pelo dinheiro. Marca pessoal para fazer dinheiro? Vômito. Eu faço isso por que faz sentido. Eu adoro moda. Eu amo a idéia de fazer algo tão simples. Como se expandir em alguma coisa e fazê-la corretamente? Esta é a minha filosofia sobre tudo.”

Claro, tem um lado positivo em toda essa atenção – uma boa parte disso vem de sexo mais justo. As mulheres paqueram Levine o tempo todo?

“Não. Sim. Mas deixe eu te dizer uma coisa, cara, como eu falei, você apenas não pode fingir que é por um bom motivo,” diz Levine, que está solteiro. “É realmente lisonjeiro. Isso faz com que você se sinta muito confiante. E é uma viagem. Mas você não pode deixar que isso tome conta da sua cabeça. Você não pode acreditar nisso totalmente. Você precisa acreditar que isso é uma bobagem que é lisonjeira e divertida. É só uma bobagem.”

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