Adam Levine revela bastidores do novo álbum no podcast “Sauce on The Side with Gandhi”
Durante uma conversa leve e divertida no podcast Sauce on The Side with Gandhi, Adam Levine compartilhou detalhes inéditos sobre o oitavo álbum do Maroon 5, “Love Is Like”, que será lançado oficialmente no dia 15 de agosto. Além disso, o vocalista falou sobre a relação com os fãs, o impacto da paternidade em sua rotina e até sua curiosidade sobre o ChatGPT.
Logo no início da entrevista, Levine brincou com a ideia de que o oitavo álbum de uma banda é sempre o melhor: “Não sei quem falou isso, mas agora eu vou repetir.” O cantor admitiu que jamais imaginava, no início da carreira, estar ainda produzindo música pop aos 46 anos — e muito menos em tão alto nível. “A gente é meio burro quando é jovem”, disse rindo. “Eu achava que nessa altura da vida já estaria fazendo outra coisa.” Mas o que surpreende Levine agora é o carinho do público após duas décadas de estrada. “Antes eu levava um pouco isso por garantido. Hoje fico impressionado que as pessoas ainda aparecem para ver a gente.”
Adam contou que Love Is Like representa um retorno às origens: ele e a banda voltaram a ser o “núcleo” da criação musical. “Fazia muito tempo que não trabalhávamos assim, como no começo. Não sei o que o público vai achar, mas estou empolgado.” O primeiro single, “Priceless”, com participação de Lisa, do BLACKPINK, nasceu dessa nova fase. Segundo Adam, a colaboração com Lisa não foi uma adição superficial: “A música precisava dela. Não consigo mais ouvir essa faixa sem a parte dela.”
Adam elogiou a paixão dos fãs de K-pop e se disse impressionado com a dedicação deles. “Eles amam seus ídolos de forma intensa — e se você ama também, eles te abraçam. É lindo de ver.” Sobre as colaborações do novo disco, ele contou que tudo foi feito de forma orgânica: “A gente pensava em alguém específico e ligava. E deu certo. Fomos três de três. Não teve tentativa e erro.”
Com a nova fase, vem também a turnê — que começa em 6 de outubro. Adam confessou estar um pouco ansioso, especialmente por ainda não ter fechado o setlist. “Geralmente eu resolvo isso cedo, mas ainda estou esperando aquele estalo de inspiração.” Ele revelou que até tentou pedir ajuda ao ChatGPT, mas sem muito sucesso: “Minhas perguntas estavam ruins. Eu era meio mandão com a IA. Acho que preciso tratar ela melhor.” Segundo ele, as respostas começaram a melhorar quando aprendeu a ser mais gentil com a ferramenta: “Ela é um espelho seu. Se você for legal, ela devolve isso.”
Hoje em dia, Adam está longe de viver a vida de festas do início da carreira. “Agora eu janto às seis, acordo às sete. Com filhos pequenos, você vira outro ser humano.” Ele brincou sobre o desejo de começar os shows mais cedo: “Será que dá pra começar às 18h? Todo mundo sai do trabalho e vai direto. Evita até o trânsito.”
Levine também relembrou histórias do início da carreira, como quando a banda viajava de van e escovava os dentes nos escritórios de rádios antes de se apresentar. “A nossa higiene dependia da qualidade do banheiro da emissora”, contou, rindo. “Tinha gente no escritório que devia pensar: quem são esses moleques de 23 anos saindo da van e tocando no meio do almoço?”
O título do álbum, Love Is Like, surgiu depois de muita discussão interna — e também por conta de uma música homônima com participação de Lil Wayne, que ainda será lançada. “O nome faz você pensar: ‘Love is like o quê?’”, provocou Adam.
Além da turnê, o Maroon 5 também está confirmado no iHeart Festival, em Las Vegas, no dia 19 de setembro. Segundo Adam, a agenda está cheia — e a animação também. Com bom humor, sinceridade e uma pitada de nostalgia, Adam Levine mostrou que está pronto para mais um capítulo da história do Maroon 5 — e, ao que tudo indica, com o mesmo entusiasmo de quem está apenas começando.
