Adam Levine na capa da “The Hollywood Reporter”

Adam Levine está na capa e recheio da nova edição da revista The Hollywood Reporter, com uma entrevista exclusiva sobre a sua carreira, fama, e também sobre o The Voice. Leia a tradução completa:

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De estrela do rock esquecido a salvador da televisão, o vocalista do Maroon 5 e mentor do “The Voice” divide os segredos de seu sucesso multi-facetado: “Eu não minto, e isso é incomum em um mundo de mentirosos filhos-da-p***.”

“Isso é tão incrivelmente legal.” Adam Levine tirava uma jaqueta de couro preta de seus biceps tatuados e está em um palco maravilhando os 16,000 fãs que lotaram o Izod Center, em New Jersey. O vocalista da banda vencedora do Grammy, Maroon 5, sorri largamente enquanto um mar de meninas de vinte e poucos anos (e algumas de suas mães) ficam à sua frente gritando, “Aaaadam, Aaaadam.”

Na noite de fim de fevereiro em East Rutherford, a oitava parada da parte Norte-Americana da mais recente turnê do Maroon 5, variações de “Case Comigo, Adam,” “Team Adam” e “Prom?” decoram placas que marcam as traves da arena. Levine, 33, têm sido um rockstar desde que ele e alguns amigos do colégio começaram a tocar quando adolescentes em clubes de West Hollywood, mas não há como negar que seu estrelato foi alçado para a estratosfera há dois anos desde que começou como “técnico” no hit da NBC The Voice. O quarto ciclo da competição de canto – o primeiro com Shakira e Usher substituindo temporariamente Christina Aguilera e Cee Lo Green – começa no dia 25 de março, e não poderia ser lançado antes pela NBC, cuja audência caiu de primeira para quarta posição sem o The Voice e Sunday Night Football. Sua dependência do programa tornou Levine o improvável rosto – se não salvador – da emissora.

Ao mesmo tempo, Levine aproveitou essa visibilidade para transformá-la em um grande empreendimento, com legiões de jovens fãs e tentáculos se extendendo muito além da música. Existe uma nova carreira de ator, com uma curva em American Horror Story: Asylum, da FX, uma bem-recebida apresentação no Saturday Night Live e uma invasão no filme recém-gravado de John Carney, “Can A Song Save Your Life?”, com Keira Knightley e Mark Ruffalo. Ele recentemente liberou uma linha de perfumes, uma coleção de moda um representante lucrativo da gigante de produtos contra acne Proactiv, e um contrato de gravação com Matthew Morrison de Glee assinado. Até o momento, ele também está negociando um acordo de apresentações com a NBC para se tornar produtor de futuros projetos de TV. Tudo isso no topo com o quarto álbum do Maroon 5 (lançado em 2012) e turnê, os dois com o título atrevido de Overexposed, sugerindo que Levine e seus companheiros de banda de longa data estão maravilhados por sua onipresença.

“Adam agora é um império mundial,” diz o veterano empresário Irving Azoff, cuja antiga Front Line Management tem Levine entre seus clientes. “Entre The Voice e o Maroon 5 estourando para ser uma atração de um-milhão-de-dólares-por-noite, além de todas as suas outras atividades – compondo, produzindo e mais – ele é uma grande indústria.” Seguindo Jennifer Lopez e Steven Tyler, Levine se tornou provavelmente o mais bem sucedido exemplo do novo modelo de negócios para músicos em uma época de decadência das vendas de músicas. Ao se arriscar em uma competição de canto, seu lado roqueiro conseguiu sentar entre eles, e ele foi capaz de mostrar sua adorável personalidade duas vezes por semana em uma plataforma que o permitiu lançar um empreendimento de milhões de dólares – levando sua banda a novos ápices nesse processo. De fato, o crescente portfólio de Levine certamente irá rendê-lo mais $35 milhões esse ano, de acordo com fontes familiares a seus diversos contratos de negócios, com a NBC pagando-o de $10 milhões a S$ 12 milhões por cada ciclo do Voice.

Perguntado dois dias antes do show de New Jersey se ele se tornou muito comercial – talvez até se vendido – Levine mira um olhar que ele poderia dar se você tivesse acabado de escolher TeamXtina ao invés do dele. “Eu acho que houve essa geração antes de nós que estava tão empenhada em não se vender, que isso foi longe demais, e eu acho que talvez seja a história se corrigindo, porque é bem mais aceitável agora fazer várias coisas que músicos teriam medo de fazer há 10 anos,” ele diz, reconhecendo que daqui a algumas horas ele dará entrevistas à imprensa para anunciar uma nova linha de roupas para a Kmart. “Eu nunca fui o cara que achou que seria ruim uma banda ser bem-sucedida. Eu sempre pensei ‘Nossa, não seria legal pagar suas contas e também ser músico?’ É legal que se motivar a ser bem-sucedido não é mais um crime.”

Em uma tarde fria no fim de Fevereiro, Levine surge no lobby de hotel The Mercer, de Nova York, com um pedido de desculpas. Ele caiu de forma engraçada enquanto se apresentava em Montreal na noite anterior e torceu o pescoço. “Se eu me distrair, você saberá o porque,” ele diz, sua cabeça virada estranhamente para um lado. Entre goles de um red-eye – um estimulante de cafeína que mistura café com espresso – ele se revela como encantador, convencido, irônico, auto-consciente, divertido e agradecido.

Aceitar participar do The Voice o mudou, diz Levine, de ser  um rock star “preguiçoso” onde seus dias poderiam consistir de modelos e motocicletas para ser um empresário altamente motivado. “O The Voice foi o primeiro emprego real que eu tive que não era apenas mexer com música,” ele diz enquanto puxa as linhas de seus jeans rasgados. “Eu realmente não sei o que aconteceu, mas começou algum tipo de processo no meu cérebro. Ele me colocou nessa trajetória, e eu amo isso.” (Para se ter certeza, o nativo de Los Angeles não desistiu do seu carinho por motocicletas, e nem sua vida romântica foi abalada; Levine, que tem um instrutor de yoga em sua folha de pagamento e divide um apartamento de solteirão em Hollywood Hills com um amigo de longa data, está namorando a modelo da Victoria’s Secret Behati Prinsloo.)

Foi há dois anos que o amigo de infância que se tornou empresário Jordan Feldstein, irmão do ator Jonah Hill (sem Feldstein), conversou com a NBC sobre sua nova competição de canto, mas na época Levine precisava ser convencido. “Eu zombei disso no início,” ele admite, reconhecendo que seus companheiros de banda também pareceram céticos. O gênero de reality-shows tinha sido um desestimulante. “Era apenas um bando de idiotas loucos por atenção,” ele diz sem falar nomes. (Os gostos televisivos de Levine são mais para Sons Of Anarchy e The Daily Show do que Housewives e Kardashians.)

Uma demorada reunião com o produtor executivo Mark Burnett – que explicou que o programa, uma adaptação do The Voice of Holland, iria promover novos talentos ao invés de destruí-los, como o rival American Idol havia feito – mudou seu pensamento. O que fez a oportunidade ser mais estimulante foi o calibre dos mentores (“Quando Cee Lo decidiu participar, foi quando nós todos ficamos tipo, ‘Ok, isso faz sentido’,” diz Feldstein), os exemplos de sucessos com Lopez e Tyler no Idol e o estado relativamente estagnado do Maroon 5. O álbum de 2010 da banda, Hands All Over, recebeu críticas diversas – A Rolling Stone sugeriu que ele não era “tão divertido como deveria ser” – as vendas abaixo do esperado. “Honestamente,” diz Levine, “o custo/benefício da situação era tanto que nós pensamos que seria melhor para eu tentar fazê-lo porque a banda estava, eu não vou dizer fraquejando, mas não indo tão bem naquele momento como nós gostaríamos que ela estivesse indo.”

O presidente de programas alternativos e horário-nobre da NBC, Paul Telegdy, relembra estar particularmente impressonado com Levine durante uma participação no Late Night With Jimmy Fallon no fim de 2010. Durante os intervalos, o executivo assistiu da platéia enquanto Levine encantava o público com pedidos de músicas. “Aquela noite meio que selou o contrato,” diz Telegdy, frisando que ele ficou surpreso não só com o alcance de Levine, como também seu estilo divertido e modesto. “Ele estava consciente sobre quais eram suas qualidades de performer, mas havia um pouco de brincalhão e palhaço alí também.”

Tanto quanto agora, a emissora de Telegdy estava precisando de um sério impulso. A NBC estava passeando pelos porões da audiência por quase uma década, com seu quarto gerente de programação em vários anos. Em um movimento um tanto desesperado, a administração do canal concordou em desembolsar $2.3 milhões para um episódio do Voice – a mais cara série improvisada da história da NBC – que permitiu a Burnett  trazer quatro quantidades conhecidas: Levine, Aguilera, Green e o cantor country, Blake Shelton.

Reconhecendo que a química entre os mentores seria decisiva, Burnett enviou o quarteto recém escolhido – cada um representando um estilo musical diferente – para o Soho House em LA para se divertirem por sua conta. “Eu achei que seria importante para eles sairem socialmente, e eu não queria produtores lá,” ele diz. “Você pode pensar em uma forma mais maluca do que dar a quatro astros da música o seu cartão de crédito e motoristas para levá-los e trazê-los do Soho House? Eu lembro do Adam me ver no outro dia e dizer: ‘Cara, isso foi um erro. Espere até ver a conta do seu American Express.'”

A fatura valeu a pena. O The Voice foi um sucesso imediato com os telespectadores e anunciantes. De acordo com o Kantar Media, o terceiro ciclo do programa gerou $268 milhões em anúncios, mais do que o dobro do segundo mais bem sucedido programa da empresa, America’s Got Talent. (O Idol ainda domina, com cerca de $836 milhões em sua 11a. temporada.) Além disso a série líder de audiência – mais de 12 milhões de pessoas assistem semanalmente – levou a NBC à rara posição de primeiro lugar no outono na demografia 18-49, alçando as novatas Revolution, Go On e The New Normal no seu início. (Com o The Voice fora do ar, as comédias acabaram; Revolution volta no fim de Março.)

E enquanto Aguilera era vista como o grande contrato quando o The Voice começou, Levine – e um pouco menos, Shelton – se tornaram as revelações do programa. “Se eu tivesse que ouvir qualquer outra coisa sobre os antebraços lisos e belamente tatuados…,” diz Telegdy, brincando com a atenção dos telespectadores segundo os dados de social media de sua emissora. Durante a terceira temporada do show, #TeamAdam e @AdamLevine atingiram respectivamente 203.000 e 2.14 milhões de menções no Twitter, superando os outros mentores. Em um determinado momento, “Adam sem camisa” se tornou trending topic mundial. “Eu odeio rotular Adam como apenas galã, por que ele é muito mais do que isso,” acrescenta Telegdy. “Ele é extremamente talentoso, hilariamente divertido, e ele tem essa, digamos, qualidade de menino safado com ele.” 

Levine te fala que o show o impulsionou porque mostra um outro lado de sua personalidade. “Ninguém sabia como eu realmente era ou se eu tinha algo a dizer...Eu acho que a ocasional mãe suburbana provavelmente achou que eu era um garoto de programa,” ele diz sem rodeios sobre sua reputação pré-The Voice iniciada com um estilo de vida roqueiro que parecia incluir uma leva de bombshells no seu braço. “O programa me colocou em uma luz interessante para ser examinado e analisado pelo mundo inteiro, e eu acho que fui bem sucedido em fazê-los gostarem de mim.” (Segundo a empresa de pesquisa E-Poll Market Research, a conscientização sobre Levine quase triplicou desde que entrou no programa, e sua amabilidade aumentou mais de 20%.)

Como ele conquistou os fãs? “Como um popstar, você não precisa ser tão inteligente para as pessoas acharem que você é inteligente. O padrão é baixo; se você tem um cérebro, eles acham que você é maravilhoso. Então eu tenho isso,” ele brinca, antes de sugerir uma segunda razão: honestidade. Isso, também, requer esclarecimento. “Eu não minto, e isso é incomum em um mundo obcecado por mídia, mentirosos de merda treinados que irão sentar com você e te destruir para melhorar suas próprias carreiras.” O comentário o coloca em um discurso moralista sobre sua imagem: meio rock star bad-boy, meio personalidade de TV, que ele insiste que não é perfeitamente ajustado. “Eu falo as coisas erradas, eu ofendo pessoas, e eu irrito pessoas, e gosto de tudo isso,” ele acrescenta. Levine tem ganho manchetes por citações como “Instintivamente, monogamia não está em nossa formação genética,” e “Talvez a razão de que eu tenha sido promíscuo e querer dormir com várias mulheres é que eu as ame demais.”

Mas o apetite de Levine é ainda mais denso. Ele tem feito um grande trabalho não só explorando as várias programações valiosas da NBC – ele apresentou no Golden Globes, apareceu no pré-jogo do Super Bowl 2012 e apresentou o SNL – mas também usando a plataforma em horário nobre para alçar sua banda e sua marca. Veja o single do Maroon 5 “Moves Like Jagger,” que estrategicamente trazia Aguilera. A dupla, junto com a banda, tocou a música – mais cheia de pop do que os lançamentos anteriores do Maroon 5 e a primeira vez que usaram um produtor externo – em um episódio de Junho de 2011 do The Voice, aproveitando o programa e sua importância no iTunes para chamar atenção. “Ninguém tinha feito nada no sentido de misturar o programa, a banda e a marca ao mesmo tempo, e isso meio que explodiu aí,” diz Feldstein. “Jagger” vendeu cerca de 6 milhões de cópias, segundo o Nielsen SoundScan, se tornando uma das maiores vendas digitais de todos os tempos.

Apesar do envolvimento de Levine no ciclo de outono do The Voice ainda não ser oficial, fontes afirmam ao THR que ele está confirmado para uma quinta temporada. (Os mentores originais do programa, Aguilera, Shelton e Green, estão cotados para se unir a ele.) “Eles terão que expulsar Adam do prédio,” diz o empresário de Levine. “Ele ama fazer o programa, e isso tem sido ótimo para sua carreira. Nós iremos estar lá por quanto tempo a NBC quiser.”

O estrelato não é novidade para Levine. Tendo crescido em L.A., ele estudou na cara Brentwood School, onde seus colegas de classe incluiam os colegas de banda Jesse Carmichael e Mickey Madden, também como outros filhos famosos de Hollywood. Entre eles estavam Feldstein e Hill, cujo pai era melhor amigo do pai de Levine desde que eles tinham 14 anos. O pai de Levine, que se separou de sua mãe, que era conselheira de admissões quando ele e seu irmão eram jovens, fundou a cadeia de butiques de roupas M.Fredric.

“Eu era um babaca completo,” diz Levine sobre sua adolescência, quando ele estava mais focado em música do que nos estudos. “Eu não fazia nenhuma lição de casa; Eu só ia para casa e escrevia músicas ou tocava guitarra ou ensaiava com a banda,” ele acrescenta, tendo começado a tocar com sua banda, Kara’s Flowers, quando ele tinha 13 anos. Hill divide essa memória. “A ironia do sucesso de Adam e do meu próprio sucesso é que nós dois éramos os menos suscetíveis a ser bem-sucedido enquanto crescíamos,” ele conta por email, lembrando como ele e Levine sentavam no quarto de Levine com ele declarando “Eu vou ser um rock star,” e Hill imaginando, “Eu vou ser ator.”

Que o sonho se tornou sua realidade ainda anima a dupla. “Eu lembro da primeira vez que estive no [Late Night With Conan O’ Brien], meu primeiro talk show, oito ou nove anos atrás, e [Adam] chamou todo mundo que a gente conhecia para ir até a casa dele assistir ao vivo e torcer por mim,” acrescenta Hill. O ator dificilmente é o único amigo que se viu recebendo do grande coração e lealdade excepcional de Levine. “É bem impressionante a forma como ele não mudou,” nota Madden. Comparações foram feitas com Vincent Chase, o personagem principal da série da HBO Entourage, porque Levine raramente é visto sem os integrantes do seu bando, que incluem seus companheiros de banda de longa data, o assistente Shawn Tellez e o escritor-produtor e colega de apartamento Gene Hong. Em uma de suas raras noites de folga, o “caseiro”, como Madden descreve seu colega de banda, as vezes pode ser encontrado relaxando em sua redecorada casa dos anos 1940 com esses amigos e sua golden retriever, Frankie, cuja pegada está tatuada em seu ombro.

A carreira musical de Levine teve um impulso significativo no fim do colegial, quando a Warner Bros. Records contratou o Kara’s Flowers para o selo Reprise. “Nós achávamos que éramos deuses do rock naquela época,” ele relembra sarcasticamente de uma era na qual a banda, que incluía os membros atuais Carmichael (teclados) e Madden (baixo), lançou um álbum, marcou apresentações e até conseguiu uma participação em Barrados no Baile, da Fox. “Quer dizer, éramos os Beatles na nossa imaginação.” Mas aos 20 anos, Levine e seus amigos tiveram um choque de realidade. “De repente, nós éramos apenas essas crianças amaldiçoadas que estavam nessa banda que ninguém queria contratar,” recorda Levine, que teve uma série de empregos esquisitos, incluindo assistente de produção em Judging Amy, da CBS (a escritora-produtora Barbara Hall é amiga da família) antes de fazer as malas e ir para uma breve temporada no Five Towns College em Long Island, supostamente para estudar música.

Não muito tempo depois, a banda se reuniu, inserindo o guitarrista James Valentine e mudando o nome para Maroon 5 (a origem continua sendo um segredo bem guardado). Em 2002, o grupo lançou seu álbum de estréia, Songs About Jane, trazendo os hits progressivos compostos por Levine “Harder To Breathe” e “This Love,” e passou a maior parte de três anos promovendo ele. Durante a década que se seguiu, a banda recebeu três Grammys (incluindo melhor artista em 2005), abriu para os Rolling Stones e vendeu mais do que 9.5 milhões de álbuns nos Estados Unidos antes de perder boa parte desse momento com seu terceiro álbum. Quer dizer, até o The Voice re-energizar a banda e sua fan-base.

“Muitas bandas que seguiram essa trajetória provavelmente não teriam voltado,” diz Tom Poleman, presidente das plataformas nacionais de programação na Rádio Clear Channel. “Eles fizeram tudo que todo mundo queria que fizessem.” Procurando repetir a fórmula de “Moves Like Jagger”, a banda contratou mais hitmakers pop, incluindo Max Martin, Ryan Tedder e Benny Blanco para seu quarto álbum. O passo – uma despedida de um grupo que antes de “Jagger” escrevia suas próprias músicas – começou a valer a pena imediatamente. O primeiro single do Overexposed, “Payphone,” que a banda recrutou para começar cada show, vendeu 496.000 singles em sua primeira semana, o maior número até agora por um grupo. O álbum já vendeu 1.2 milhão de cópias. Segundo Levine, “O The Voice foi bem além de ser a melhor coisa que aconteceu comigo e com a banda.”

Enquanto isso, ele ainda foi procurado por Ryan Murphy, do American Horror Story, outro amigo de longa data, e o diretor Carney de ‘Can a Song Save Your Life? para tentar atuar. “Não sou muito bom nisso,” ele confessa, tendo gravado três episódios do primeiro (ele gravou um noivo condenado) e um papel principal no último (como um músico tentando um relacionamento com o personagem de Knightley). Ainda assim, isso não intimida Levine da forma como tocar com a banda uma vez o fez. “Você sobe no palco e toca para 10.000 pessoas, e se você arruinar isso, é a sua bunda,” ele diz com um sorriso que sugere que ele o fez em mais de uma vez. (Ele é conhecido por ter tocado seu primeiro show profissional no Troubador de costas para a platéia por que estava muito nervoso.) “Quão aterrorizante é ir nesse cenário intimista e que é totalmente confortável e fazer alguma coisa 500 vezes até acertar? Isso não é pressão.”

Para Levine, a chave para uma transição de sucesso têm sido achar diretores que possam lhe dizer o que fazer e como fazer. “Sou a vadia do diretor,” ele diz, reconhecendo que recentemente viu uma edição de ‘Save Your Life’ e estava surpreso como ele não estava péssimo. “Eles provavelmente vão dizer que eu sou um ator melhor do que cantor ou algo do tipo,” ele brinca dos críticos que nem sempre foram gentis com ele. “Eles encontrarão uma forma de me ferrar com algo negativo.”

Murphy diz que ele estava impressionado, comentando até que gostaria de trazer Levine de volta a AHS para um papel maior, mas a agenda de Levine não permitiu. “Se ele pegar os papeis corretos em filmes, eu realmente sinto que Adam poderia fazer uma coisa meio Justin Timberlake,” acrescenta Murphy, “porque ele tem o talento e, mais do que isso, a ambição.” (Apesar de Levine ser manhoso sobre futuras oportunidades de atuação, Feldstein sugere que isso tem sido uma longa “paixão pessoal” dele: “É algo que ele têm me falado por 15 anos.”)

A decisão de lançar uma linha de perfumes foi indiscutivelmente uma das mais confusas, considerando que Levine uma vez twitou para quase 4 milhões de seguidores: “Eu também gostaria de colocar um banimento oficial em perfumes de celebridades. Punidos com morte a partir deste ponto.” Ele defendeu o primeiro comentário ao justificar que a sua não é uma jogada de vaidade de celebridade, mas sim outro produto que ele esteve intimamente envolvido no processo criativo. “Eu quis fazê-la corretamente,” ele diz sobre o tempo que dedicou, acrescentando: “Se você vai ser pago para fazer essa porcaria ridícula, você deve se empenhar nisso.”

Não é difícil ver que Levine está se divertindo com tudo isso. “Eu agradeço vocês,” ele grita para os fãs, novos e antigos, do palco do Izod Center, tomando alguns segundos para aproveitar o momento antes de acrescentar, “E eu amo vocês.” Madden, que acompanhou quando a agenda do seu colega de banda explodiu de oportunidades, sugeriu que ele está empolgado e nem um pouco surpreso com a ascensão de Levine. “Conhecendo Adam por tanto tempo, tudo parece fazer parte de um roteiro que ele teve para si desde pequeno,” ele diz, rindo enquanto completa seu pensamento: “Meu bordão sobre Adam é que a fama apenas justificou sua personalidade.”

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