Adam Levine fala sobre a expectativa de tocar “Lost Stars” no Oscar
Adam Levine cedeu uma entrevista ao The Hollywood Reporter sobre suas expectativas para a cerimônia do Oscar que acontece neste domingo, 22. No texto, Levine comenta sobre o convite para se apresentar na premiação, além de sua participação no filme “Mesmo Se Nada Der Certo” e sobre a composição do hit. Leia a tradução:
Adam Levine, o vocalista do Maroon 5 e mentor no The Voice, é um dos maiores pop stars do mundo. Ele ganhou todos os maiores prêmios musicais do mundo, tocou nas maiores arenas e acumulou diversos discos de ouro e platina. Mas ele está prestes a fazer algo que nunca fez antes, e isso o deixou extremamente animado: Tocar no Academy Awards. No dia 22 de Fevereiro, Levine vai cantar a música indicada ao Oscar por Melhor Canção Original composta por Gregg Alexander e Danielle Brisebois “Lost Stars”, que foi trilha do drama musical de John Carney “Mesmo Se Nada Der Certo” no qual Levine protagonizou e cantou.
“Estaremos em um ar bastante rarefeito,” Levine explicou enquanto conversamos com ele na sexta, “no quesito de ser músico naquele show especificamente. Eu sempre fui fã do Oscars e a forma como eles organizam tudo. É o padrinho de todas as premiações. É muito diferente do que eu faço.” Ele acrescenta com uma risada “Tocar no Oscars deve ser melhor do que ser indicado!” (Um artista que canta uma música em um filme não é indicado, a menos que ele também tenha composto a letra e a melodia.)
Um convite da Academia para tocar no palco do Dolby em frente às maiores estrelas do mundo e uma audiência televisiva de centenas de milhões de pessoas seria especial em qualquer circunstância, mas Levine nota que este teve um significado particular para ele: “Aconteceu comigo por uma música que eu cantei em um filme que eu apareci, o que torna tudo ainda mais especial. Isso raramente acontece. Geralmente tem algum tipo de separação. Parece mais legítimo, puro e envolvente estar lá.”
Falando sobre seu grande envolvimento em “Mesmo Se Nada Der Certo” – que se tornou meu filme favorito de 2014 – ele ainda não consegue acreditar que recebeu a oportunidade. “O John Carney precisou ter bastante fé porque eu nunca atuei antes. Ele me procurou e me perguntou, meio aleatoriamente, se eu estava interessado em atuar. Eu realmente disse a ele que não, até ele ter me ligado.” Levine disse que rapidamente concluiu, “Se eu fosse fazer um filme na minha vida inteira, parecia que esse faria mais sentido. Eu não sei onde isso vai dar, mas esse foi o meu papel. Eu realmente acreditei nisso e fiquei muito feliz que veio para mim.”
Uma das coisas que mais chamou sua atenção no filme foi que ele conseguiu se identificar pessoalmente com o personagem que foi convidado a interpretar: Um cara que se torna super-estrela e não lida com tudo perfeitamente. “Esse cara estava passando por muita coisa que eu passei,” Levine admitiu. “Quando vi o roteiro, eu apenas sabia que era parcialmente quem eu sou e também parte do que eu acho que muita gente passa quando vivencia algum tipo de sucesso pela primeira vez na música. Geralmente são inseguros, e insegurança e muitas doses de sucesso não se misturam bem.”
Mas ainda mais importante para ele foi a oportunidade de cantar músicas co-escritas por Alexander. Ele comentou, “Eu conheço Gregg Alexander desde sempre, acompanhei a carreira dele, e ele é incrível. Eu sabia que ele conseguiria fazer coisas maravilhosas.” Ele continua, “Eu lembro de quando ouvi o álbum do New Radicals pela primeira vez [a banda lançou apenas um, em 1999]. Quase existiu em uma bolha.” Todas as músicas de Alexander, ele diz, tem uma qualidade rara: “Elas nunca soam datadas. Elas são atemporais. Para mim, você não consegue dizer se o disco do New Radicals é dos anos 80, 90 ou do fim dos anos 70 ou 2000. O talento dele com composição é apenas incrivelmente atemporal.” Ele acrescenta, “As pessoas nem sequer percebem quantas músicas ele compôs. Ele na verdade tem sido uma grande influência para muitos compositores e artistas que tem hits agora. Até a nossa [do Maroon 5] música que está tocando agora [“Sugar”] soa como Gregg Alexander. Ele é subestimado, na minha opinião – até agora.”
Quando Levine finalmente conseguiu ver as músicas que Alexander e sua companheira de composição Danielle Brisebois tinham preparado para ele cantar no filme (que na época era chamado “Can A Song Save Your Life?”), ele imediatamente sabia que seus instintos estavam certos. “Com certeza, no momento em que ouvi a música, eu pensei, ‘OK, claro, isso é exatamente o que eu estava esperando: Músicas brilhantes, maravilhosas e incríveis.’ Foi ótimo. No momento em que ouvi essas canções, eu me imaginei cantando-as. E parecia que ninguém mais, de um jeito esquisito, conseguiria fazer isso do jeito que eu faria.”
A estrela do grupo era “Lost Stars,” uma música repleta de metáforas sobre pessoas querendo encontrar seu caminho, que seria cantada por Levine e sua co-protagonista Keira Knightley, em vários momentos importantes do filme. (Essa foi a música que foi solicitada para ser a música que poderia salvar uma vida, Alexander disse.) “Foi dolorosamente óbvio que a música não deveria ser mexida,” diz Levine. “Estava perfeita. Estava linda. Então eu apenas o agradeci – tipo, ‘Ótimo, perfeito, maravilhoso. Vamos em frente.’ Foi instantâneo. Eu me apaixonei muito rapidamente e facilmente porque é assim que ele compõe.”
No set, Knightley se sentiu mais confiante com sua atuação do que com seu canto, enquanto Levine sentiu o contrário. “Eu meio que lembro de toda a experiência sendo a Keira reclamando sobre seu canto e paralisada sobre a coisa toda e eu reclamando sobre minha atuação e estando petrificado sobre a coisa toda,” ele diz, gargalhando. “Então nós meio que ficamos dando discursos motivacionais do Tony Robbins um ao outro.” No fim, Knightley provou ser mais do que capaz de cantar bem e Levine também apresentou uma boa performance.
Levine também ajudou a prevenir que “Lost Stars” se apagasse do público depois que fosse eliminada das indicações do Golden Globe em Dezembro. No dia 15 de Dezembro, ele e um participante do The Voice, Matt McAndrew, tocaram-na em um dueto no The Voice. Ela rapidamente voou para o topo das 100 canções mais tocadas no iTunes e na Billboard, liderando o interesse crescente na canção enquanto as votações para os indicados ao Oscar começaram em 29 de Dezembro. A canção estava, obviamente, entre as 5 indicadas anunciadas no dia 15 de Janeiro e agora está em uma corrida pesada sem um líder óbvio.
Independente de “Lost Stars” ganhar ou não um Oscar no dia 22 de Fevereiro, Levine terá sua vez no palco do Oscar. “Nesse ponto da minha vida, existem tantos motivos para me beliscar que estou ficando preocupado,” ele diz, citando este evento em especial como o mais importante. “Eu gostaria de ter escrito a música,” ele acrescenta com uma risada. “Mas eu tenho a segunda melhor coisa, que é tocá-la.”