Adam Levine estampa a capa da revista Las Vegas
Os já tradicionais shows de fim de ano do Maroon 5 em Las Vegas estampam a capa dessa semana da revista Las Vegas. A matéria não traz nenhuma novidade, mas faz um apanhado geral da carreira da banda até o momento e o que está por vir. Leia:
Talvez nenhuma outra banda consiga representar o pop-rock moderno mais do que o Maroon 5, que retorna a Las Vegas para o que está se tornando uma migração anual de Fim de Ano. Tendo resolvido seus problemas nos anos 90 como os formandos do Rock’n’Roll, os músicos nascidos e criados em Los Angeles estouraram no início da cena dos anos 2000 com um som funk ensolarado e letras sexuais que eram (majoritariamente) seguras para serem exibidas. Adam Levine, ao contrário dos estereótipos dos vocalistas de décadas passadas, decididamente não estava sofrendo devido a uma criação traumática. Ele foi capaz de se colocar como um ídolo pin-up enquanto continua trabalhando em equipe com seus colegas de banda, a maioria dos quais se conhecem desde seus dias de escola no sul da Califórnia.
Songs About Jane foi o debut do Maroon 5, mas não foi o início dos membros atuais Levine, Mickey Madden e Jesse Carmichael tocando juntos. Enquanto Kara’s Flowers, com o baterista original do Maroon 5 Ryan Dusick, eles lançaram um álbum em 1997 produzido por Rob Cavallo (Green Day, Goo Goo Dolls) que falhou em ganhar audiência. Os meninos se separaram e voltaram adultos com um novo nome, o novo guitarrista James Valentine e um som que combinava com o zeitgeist do início dos anos 2000. Músicas sobre traição e términos de relacionamento foram entregues com riffs pesados de funk (“Harder to Breathe”), Refrões irresistíveis (“This Love”) e um romantismo melancólico (“She Will Be Loved”). Em uma geração pronta para se divertir novamente, o Maroon 5 era a banda certa no momento certo.
Depois de três discos bem sucedidos, justamente no momento em que a vez do Maroon 5 no topo estava prestes a apagar, o hit monstruoso “Moves Like Jagger” catapultou a banda para a nova década. Ajudados em uma parcela não muito pequena pela participação de Levine no The Voice e uma parceria vocal com Christina Aguilera, a popularidade da música preparou o terreno para o Maroon 5 alcançar o status de super grupo. A banda seguiu o sucesso do álbum recheado de hits de 2012 Overexposed com o V, lançado no ano passado, que atingiu o Número 1 semanas após o lançamento em 2014 e consagrou o maior número de singles da banda em um álbum desde o lançamento em 2003.
Overexposed foi um divisor de águas em relação à forma como a banda compõe, no qual eles convidaram colaboradores como o co-escritor de “Moves Like Jagger” Benny Blanco na mistura. V continuou nesta direção, trazendo hits como “Maps,” “Animals” e “Sugar,” enquanto o Maroon 5 entrou em um itinerário de turnê que segue até Setembro de 2016. Existem algumas pausas na agenda devido à participação de Levine no The Voice, mas seus companheiros de banda abertamente reconhecem os benefícios que chegam com um vocalista de alto padrão e, com certeza, estão aliviados de que podem focar em seus instrumentos enquanto os vários projetos de Levine indiretamente divulgarem a banda.
Levine, nesta altura, não está fazendo jogadas na carreira como Mick Jagger, que lançou alguns álbuns solo esquecíveis antes do The Rolling Stones entrarem em seus bem-sucedidos anos de produção. Ele tem seu próprio perfume, está transformando o The Voice em negociações de desenvolvimento, e recebe convites para participar em eventos de prestígio como Sinatra 100: A Grammy Celebration, que aconteceu no dia 2 de Dezembro em Las Vegas e foi exibido depois em horário nobre na CBS. Mas não há sinal de que ele ou algum outro membro da banda – que agora inclui o baterista Matt Flynn e o tecladista PJ Morton – sinta vontade de sair da banda. Pelo contrário, eles anunciaram um desejo de retornar às origens de Songs About Jane, como evidenciado em uma conversa com os fãs em Novembro no Facebook. Não há nenhum final em vista para o Maroon 5 – ou sua tradição de shows de Ano Novo em Las Vegas.