Adam Levine fala sobre The Voice, paternidade e gravadoras em nova entrevista
Adam Levine concedeu uma nova entrevista para o Inquirer, onde falou sobre os fãs das Filipinas, The Voice, paternidade e algumas verdades sobre as gravadoras. Leia:
LOS ANGELES – “Quando nós vamos para as Filipinas, nós sempre ficamos espantados com o quanto eles (os Filipinos) nos amam,” explica Adam Levine, o vocalista do Maroon 5 e técnico-jurado no “The Voice.”
“Eles tem muito amor pelo Maroon 5 lá,” acrescenta o músico que já tocou três vezes com a sua banda vencedora de Grammys nas Filipinas. Em forma e elegante, ele estava a personificação de um homem da GQ em um terno discreto durante esta conversa recente.
Ele é nativo de Los Angeles, um dos poucos que realmente nasceu na La La Land. “Nascido e criado, baby,” ele brinca. “No final da rua. Cedars-Sinai (o hospiral, que fica a poucos minutos do Four Seasons, onde nós estávamos). Um dos únicos, aliás.”
Criado nas redondezas de Los Angeles, em Brentwood, ele conhece atores como Jake Gyllenhaal e Jason Segel desde o jardim de infância.
“Sim, é um bom lugar, cara,” Adam me contou sobre as Filipinas. “A alegria que sentimos quando vamos para lá é enorme. Quando você vai para tão longe de casa e você é amado dessa forma por um grupo enorme de pessoas, você fica, wow, eles realmente gostam disso. Nós sempre nos surpreendemos como, wow, eles realmente nos amam tanto assim. É muito bacana.”
Em sua terceira viagem para tocar nas Filipinas em Setembro do ano passado, ele e seus companheiros de banda encontraram tempo para jogar uma partida rápida no Clube de Golfe de Manila, como noticiou o Inquirer.
Questionado sobre assistir as versões do “The Voice” durante suas viagens pelo mundo, o cantor de 37 anos falou sobre a versão das Filipinas, onde meu amigo e colunista Lea Salonga, é uma das juradas-mentoras.
“É engraçado porque quando estou nas Filipinas ou em algum lugar, eu olho duas vezes porque penso, olha, não sou eu. É a minha versão Filipina. Mas é uma loucura o alcance que o programa tem, é quase um sonho.”
Ele falou sobre “The Voice of Holland,” que começou tudo: “Quando vimos o que esse show fez em uma escala pequena na Holanda, nós ficamos bem espantados.”
Sobre o fim do “American Idol” e a popularidade constante do “The Voice,” ele comentou, “Para mim, ‘The Voice’ e ‘American Idol’ são tão diferentes. Eu estava em dúvida sobre participar do ‘The Voice’, mas ao mesmo tempo, eu achei que era tão diferente de qualquer coisa que eu já tinha visto. Eu estava tipo, isso é realmente legal, e tem seus próprios méritos que não tem nada a ver com qualquer outra coisa.”
Adam também contou sobre um dos aspectos divertidos do “The Voice” – as provocações de Blake Shelton sobre seu cabelo.
“Ele me pergunta, ‘O que eu posso falar sobre seu cabelo hoje?’ Eu digo ‘você pode dizer que ele parece algodão doce.'”
Na metade da nossa conversa, Adam explicou sobre como ele realmente é longe de um jornalista, dizendo, “Eu sou meio maluco e brincalhão e não desse jeito. Eu estou sendo maravilhoso agora (ri). Eu estou falando claramente e meus pensamentos estão completos.”
Sobre se tornar um pai nos próximos meses – sua esposa da Namíbia, a Angel da Victoria’s Secret Behati Prinsloo, está grávida de cinco meses de uma menina – Adam compartilhou, “Não vejo a hora do bebê chegar. Estou tão animado. Foi para isso que nós fomos feitos. Estou pronto.”
Primeiro papel
Enquanto isso, Adam co-escreveu a canção “Go Now,” para “Sing Street” de John Carney, que dirigiu “Once” e “Mesmo Se Nada Der Certo,” que foi marcado como seu primeiro papel de destaque. Para o filme, Adam também cantou “Lost Stars,” que recebeu uma indicação ao Oscar de Melhor Música em 2015. John colaborou com Adam em “Go Now.”
O carismático cantor-compositor está realmente interessado em atuar. “Eu adoraria fazer mais filmes. Só preciso encontrar os certos.”
Adam se identificou com a história de “Sing Street”, sobre um garoto na Dublin dos anos 1980 que começa uma banda e se muda para Londres. “O filme realmente… foi como se colocasse um espelho Irlandês na minha infância, porque essas crianças se vestindo como seus heróis e escrevendo músicas para ganhar as garotas – era isso que fazíamos quando éramos jovens.”
“Tocar músicas com uma banda é um lugar onde você se sente em casa. É empoderador estar em uma banda, e eu amava tudo isso.”
Então o que o convenceu a compor uma música para um filme que acontece nos anos 1980? “Ah, principalmente cocaína,” ele responde dando risada. “Eu estou brincando.”
“Várias vezes, as pessoas exageram no neon, cabelo frisado e toda a parte esquisita e burra dos anos 80. Eles não percebem que existiu muita música incrível que realmente inovou. Bandas e artistas ótimos.”
Falando em bandas, Adam cantou no Troubadour, o clube lendário de rock em West Hollywood, quando tinha apenas 12 anos de idade.
“Foi incrível. Eu não era o vocalista. Eu era o guitarrista. Mas eu cantei uma música, ‘Rockin’ Robin.’ Eu achei que fui bem. A banda não achou, porque fui expulso uma semana depois. Talvez eu fosse uma ameaça ou alguma coisa do tipo.”
“Eu lembro que foi uma época louca. Na verdade isso aconteceu, estranhamente, na noite que os protestos em Los Angeles começaram (1992).”
“Minha mãe tinha várias histórias assustadoras sobre dirivir ao lugar em West Hollywood para nos assistir tocar. As pessoas estavam balançando e apedrejando seu carro. Foi um dia triste. Triste que tenho que lembrar do melhor dia da minha infância e um dos piores dias da história de Los Angeles.”
A forma como ele e sua banda foram descobertos em Malibu é sem dúvidas um roteiro de filme de Hollywood.
“Nós tinhamos provavelmente 17 anos, e tocamos em uma festa. Tínhamos acabado de fazer nossa primeira demo e estávamos no colegial. Esse cara – Tommy Allen – estava correndo com seu cachorro e nos ouviu tocar.”
“Ele pegou nossos dados, e nós o demos a demo, e foi isso. Foi assim que começou.”
Ele voluntariamente compartilhou seu processo de composição interessante. “Eu escrevo no banho, quando não consigo dormir,” explica. “Eu nunca sento para escrever uma música, e se eu o fizer, ela será horrível.”
Sobre como ele evoluiu como compositor, Adam admitiu, “Eu provavelmente chutaria meu traseiro. Eu estou um pouco mais preguiçoso, um pouco mais complacente, nem tão mais criativo como eu costumava ser porque é impossível.”
“É impossível ser tão criativo como você era quando estava totalmente f*dido. Quando você estava tipo, certo, eu preciso me sustentar. Você é jovem, então suas emoções estão bagunçadas e você não entende como viver. Você está tentando se virar e fica pensando, o que eu vou fazer?”
“Existe um desespero nisso que você nunca vai conseguir repetir. É muito difícil escrever músicas hoje porque você precisa aprender e descobrir novas formas de ser realmente criativo.”
Este astro da música não poupou palavras para as gravadoras. Ano passado, ele também criticou as gravadoras ligadas ao “The Voice” por falharem em lançar os vencedores da competição ao estrelado, diferente do “American Idol,” que transformou seus vencedores e vários finalistas em estrelas com álbuns de sucesso.
Desta vez, ele criticou as gravadoras em geral. “As gravadoras já eram. Elas estão encerradas, por causa do karma. As gravadoras trataram pessoas de forma injusta desde o início. Elas são corruptas; sempre foram corruptas; elas fizeram coisas horríveis. As gravadoras precisam lançar nossos discos então eu posso falar o que eu quiser.”
“Eles não tem escolha porque nós somos uma das bandas que eles têm que pode fazer alguma coisa por eles, então eu posso falar o que eu quiser. Desculpa, pessoal, mas ‘Vocês sabem que não gostamos de vocês, mas temos que lidar com vocês.’ Elas fizeram várias coisas ruins para os artistas, tiraram seu dinheiro e gastaram demais o dinheiro de todos.”