Review: Hershey, PA – 05/08
Reinventores Counting Crows ofuscam o Maroon 5
O par faz total sentido sob um ponto de vista comercial: papai e mamãe podem ver os Counting Crows, enquanto o Maroon 5 pode liberar agradáveis e inofensivos rock’n’roll para as adolescentes curtirem.
Mas as similaridades substânciais entre os dois grupos são poucas, se houver alguma. E terça a noite no Hersheypark Stadium, o encontro não foi nem justo.
Seguindo um set curto da inteligente e ativa cantora-compositora Sara Bareilles – soando de modo animador como uma radiante Norah Jones que não parece ter medo da própria sombra – o Maroon 5 tumultuou através de uma hora de agradáveis hits pop banhados a soul.
O cantor Adam Levine provou que ele é mais um sex symbol do que um líder de banda.
Enquanto sua voz clara e em tom confiante o faz um Deus para as adolescentes e jovens adultas, sem mencionar que favorece seu trabalho secundário como um garantido provocador de tablóides, ele é um pouco mais que um cantor de boy band com uma banda de verdade atrás dele.
Não uma banda ruim, pensa você. O Maroon 5 pode se prender em uma alma groove apertada e ficar lá. Isto é justamente o que hit após hit – “This Love”, “Harder to Breath”, “Sunday Morning”, “All I Need” – qualquer um com ouvidos abertos a mais de 30 se pergunta onde eles ouviram esses tons antes. Prince? Terrance Trent D’Arby? Morris Day? Talvez Jamiroquai?
Com dois álbuns em menos de sete anos, é difícil que um ato pop possa conseguir um show no qual é algo mais do que suficientemente agradável, não importa quantas garotas de 13 a 21 anos cantem junto.
Com um set de canções como ele e um monstro hit-maker como Clive Davis atrás dele, não há dúvida que Levine terá toda chance de provar que essas afirmações estão erradas.
Mas há uma diferença entre simplesmente uma boa banda e uma bem ensaiada. E dentro dos minutos dos Counting Crows ocupando o palco rapidamente antes da 22h para os tons manteigosos de “Lean on Me” do Bill Withers, a diferença estava clara.
Uma banda que consegue reinventar seu catálogo em uma fantasia e ainda ficar conectada com sua audiência é um talento a ser aplaudido.
Porque ela precisa dividir o palco com uma banda derivada do Top 40 é incerto.
Fonte: Lancaster Online
James e Adam respondendo questões durante o ensaio
Kiwi
Won’t Go Home Without You
Wicked Game
Guitar Jam