Maroon 5 disposto a recuperar seu lugar na música pop
Com seu primeiro álbum de estúdio em três anos, tendo estreado em 2º lugar na parada da Billboard americana, o Maroon 5 está pronto para retomar sua posição de destaque na música pop. No entanto, enquanto o vocalista Adam Levine permanece como foco desta banda de Los Angeles, no palco e no disco, ele está fazendo todo o possível para evitar estar no centro mídia quando não está se apresentando na turnê “Palm Trees and Powerlines” (Palmeiras e Postes elétricos)
“Isso é absolutamente deliberado”, disse Levine, que poucos anos atrás era um alvo fácil em revistas de celebridades e em sites alimentados por escândalos como TMZ. “Isso nunca foi um objetivo meu. Eu nunca estive interessado em ser esse tipo de pessoa. … Eu nunca quis estar em todas as revistas estúpidas.”
Perguntado sobre como ele está evitando os olhares da mídia, Levine brincou – “Disfarces e jet-packs!” – depois ficou mais sério. “Eu só recuo um pouco, porque eu não quero estragar a nossa carreira”, disse ele. “Então eu me segurei e decidi não estar em lugares que eu não deveria estar. Eu nunca quis pensar sobre isso ou deixar isso se tornar parte da minha vida, mas eu tinha que fazer isso. Ser famoso é apenas uma coisa que não é muito natural.”
Isso pode ser porque o novo álbum do Maroon 5, “Hands All Over”, ignora a fama para se concentrar sobre o amor perdido, ganho e imaginado. Falando de São Francisco, Levine previu que a banda iria incluir três ou quatro músicas do “Hands”, quando tocar em San Diego no Viejas Arena, no Sábado.
“Misery”, o primeiro single do álbum, já é um sucesso. Não por acaso, praticamente todas as outras faixas de “Hands” também são potenciais hit-singles. Os créditos disso vão para a marca do soul de olhos azuis e a aura fonética brilhante e polida do super produtor Robert John “Mutt” Lange (mais conhecido por seu trabalho com sua ex-esposa, Shania Twain, e com as bandas Def Leppard e AC / DC).
“Ele é um cara realmente fascinante e, definitivamente, nos pressionou mais do que jamais foi pressionado”, disse Levine sobre Lange, que gravou com o Maroon 5 em seu estúdio à beira do lago na Suíça. “Ele (era) maravilhoso para se trabalhar.”
Faça disso incrível e desafiador.
Lange, que também colaborou com todos desde o Bryan Adams e The Cars a grupos ingleses cultos extindos como XTC e o falecido Kevin Coyne, é um tirano notório. Depois de trabalhar durante um tempo com Def Leppard no álbum da banda que vendeu mais de 10 milhões em 1982, “Pyromania”, ele e o grupo passaram seis anos elaborando o seguinte, “Hysteria”, que vendeu mais de 14 milhões.
Quando chegou para trabalhar com o Maroon 5, Lange quase não exigiu tanto tempo, mas não era menos exigente no estúdio.
“Não foi um processo completamente diferente de fazer os nossos discos anteriores, mas mais uma questão de lhe tirar o máximo proveito de nós, realmente nos empurrando”, disse Levine. “Ele não tinha medo de nos dizer se alguma coisa não estava tão bom como poderia ter sido. As pessoas com quem trabalhamos no passado tendiam a caminhar sobre cascas de ovos com a gente, mas ele estava falando sério sobre nos dizer exatamente como ele se sentia. ”
Será que isso leva a qualquer facilidade para o Maroon 5, cujos outros membros são o guitarrista James Valentine, o tecladista Jesse Carmichael, o baixista Mickey Madden e o ex-baterista do B-52s e Gavin DeGraw Matt Flynn?
“Não, absolutamente nenhum”, respondeu Levine. “Nós aceitamos isso. Nós pensamos que era uma coisa boa de ser criticado enquanto nós fizemos a música. Nem tudo o que fazemos é surpreendente ou esforçado, e é aí que ele entrou. Gostaríamos trabalhar novamente com Mutt o mais rápido possível. ”
Levine falava com entusiasmo sobre como fazer o novo álbum da banda na Suíça, com o Lago de Genebra e os Alpes, proporcionando um ambiente especialmente inspirador para fazer música. Mas não espere Maroon 5 se transferindo para a Suíça em breve.
“É muito caro!” Levine disse. “Você tem que ser o dono da Nestlé ou um oligarca russo a dar ao luxo de viver lá. Mas foi bom para nós estarmos fora da nossa zona de conforto quando nós fazíamos o álbum. E isso ajudou a música. ”
Essa música fez os membros do Maroon 5 ricos, ao mesmo tempo em que levou farpas dos críticos que a música da banda é muito segura, calculada e, como o Village Voice falou há alguns anos atrás, “claramente projetada exclusivamente para meninas de 14 anos de idade.”
O que também é claro, entretanto, é que o Maroon 5 é o grupo raro que não só não tem vergonha de ser chamado de artista pop, mas aceita essa designação de coração aberto.
“Você está certo, a música pop nunca foi uma palavra ruim para qualquer um de nós”, disse Levine. “Nós vamos continuar a aceitá-la, continuar a fazê-la, sem pedir desculpas, e apenas seguir em frente. Há um monte de ‘grude’ e ‘pop’ em muitas das nossas músicas, mas nós trabalhamos realmente duro em cada uma deles. Não esquecemos de nada.”
Fonte: Signon San Diego News